A AIDS – ou HIV – é um retrovírus que ataca o nosso sistema imunológico (ou de defesa, se preferir), tornando nosso corpo vulnerável a todo tipo de lesão e infecção, causando mortes bastante dolorosas e lentas, já que a degeneração celular afeta os órgãos e a saúde dos infectados de maneira que lhes tira boa parte da qualidade de vida. Por sorte, o Brasil é um país referência no tratamento contra os sintomas dos já doentes, mas o que mais importa, seja aqui ou em qualquer lugar do mundo, com certeza é a prevenção e o respeito a quem tem a síndrome.
Durante muitos anos associadas a libertinos, drogados e prostitutas, o HIV pode ser contraído de várias outras maneiras – como uma azaradíssima transfusão de sangue infectado. Apesar disso, o preconceito é forte até os dias atuais, e muita gente famosa que “morre misteriosamente” poderia na verdade ter sido levada pela AIDS, apesar de não querer admitir isso publicamente.
Alguns nomes que se cogita estar entre esses são os de Michael Jackson, Brittany Murphy, Heath Ledger, Bob Marley e vários outros, que ficaram doentes e faleceram por razões quase naturais. À parte desses casos polêmicos, trazemos abaixo os mais célebres (e confirmados) homens a morrer pelas cruéis mãos da AIDS:
Isaac Asimov
Nascido em 1920, na Rússia soviética, migrou para os EUA com sua família quando tinha ainda apenas 3 anos. À medida que foi envelhecendo e se interessando por ficção científica, a mente desse genial autor começou a dar vazão para obras espetaculares, tendo escrito mais de 500 livros e 9 mil contos e cartas, sendo consirado não apenas um dos mais respeitados, mas também mais prolíficos autores do gênero de sua época e até os dias atuais. Inclusive, seu conto “Nightfall” foi votado como o melhor conto de ficção científica de todos os tempos pela Associação Americana de Escritores de Ficção.
Oficialmente, sua morte ocorreu em 1992, por falha dos rins e coração – inclusive, ele já havia tido um infarto em 1977. Apesar disso, 10 anos depois, Jane Asimov, a mulher dele, admitiu que as complicações de seu marido eram advindas da AIDS, que ele contraiu numa transfusão de sangue durante a cirurgia de ponte de safena que fez após um ataque cardíaco. A revelação só veio mais tarde porque os próprios médicos incentivaram a família a manter segredo, temendo represálias da sociede.
Renato Russo
O querido e célebre poeta e cantor à frente do Legião Urbana morreu aos 36 anos devido à complicações com a AIDS e um estado de saúde já frágil por natureza. Raramente admitia ter a doença em público, e faleceu no ostracismo.
Cazuza
Em 1988, lutou contra a AIDS e se expressou na televisão aberta, admitindo ter a doença e se tornando uma referência nacional sobre o assunto. Corajoso, o músico morreu debilitado, aos 32 anos, uma idade tão antecipada. Mesmo em seu filme a história é retratada, mostrando a difícil batalha que o cantor manteve continuando a se apresentar nos palcos, mesmo com a necessidade de usar tubos de oxigênio e cadeiras de rodas.
Caio Fernando Abreu
O jornalista e escritor descobriu que tinha a condição em 1994 e faleceu dois anos depois, em 1996. Contrariando o estereótipo, Abreu era uma pessoa pacata e não um rockstar ou drogado, provando que pessoas comuns também podem contrair o vírus.
Rock Hudson
Galã de Hollywood, chocou o mundo ao tornar seu caso público, e morreu com 60 anos, em 1985. Desnecessário enfatizar que, na época em que atuava, esse foi um choque que abalou completamente o status de Hollywood, tanto para o público quanto para os atores e diretores, ainda sem contato algum com a AIDS.
Freddie Mercury
Icônico cantor do Queen, lutou pela liberdade de expressão dos gays e foi um músico ímpar. Seu caso se tornou um drama para os fãs e seu falecimento, em 1991, foi lamentado no mundo inteiro.
Michel Foucault
Filósofo francês que gerou muita discussão acerca dos métodos de aprendizado e repetição da sociedade, foi um pensador revolucionário para sua época e se mantém um exemplo do pensamento humanitário. Faleceu aos 58 anos, em 1984.
Magic Johnson
O jogador de basquete da NBA morreu aos 53 anos, em 1991, e causou muita surpresa no meio esportivo ao trazer sua doença a público. Tornou-se um garoto propaganda do sexo seguro e da camisinha para prevenção contra o HIV.
Wagner Bello
O ator de “Etevaldo” no Castelo Rá-Tim-Bum, faleceu com apenas 34 anos, durante as gravações do programa, o que deixou muita criança desentendida e você provavelmente só descobriu agora.
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